Nossa vida se transformou em uma vitrine?
- Elu Marin
- 25 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de jun.

Quando a performance cansa: o chamado para voltar a si.
Tudo parece precisar de uma vitrine, nossa vida se transformou em uma vitrine? O trabalho precisa ser produtivo e visível. A vida pessoal, organizada e inspiradora. As emoções, leves e compartilháveis, sempre em movimento, sempre disponíveis, sempre “melhores”.
Mas a que custo?
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A autoestima começa a se fragilizar não porque falta valor, mas porque estamos o tempo todo nos comparando com versões editadas dos outros (e de nós mesmas). Nos perdemos tentando corresponder a um ideal que não foi criado para nos acolher, mas para nos manter em constante busca.
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Essa lógica da performance, de fazer mais, parecer mais, entregar mais, vem afastando muitas de nós daquilo que realmente importa: o silêncio que nos reconecta, a pausa que cura, a vida fora das telas, as conversas com profundidade.
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Relações se tornam superficiais quando tudo precisa virar conteúdo. A conexão com o outro, e principalmente com nós mesmas, vai se esvaziando.
É preciso coragem para reconhecer o limite. Para dizer: “hoje, eu paro”. E nesse parar, voltar a ouvir. Ouvir o corpo, as emoções, a intuição e tudo aquilo que a velocidade digital tenta calar.
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A saúde está justamente nisso: em buscar o equilíbrio. Em preservar espaços offline onde a autenticidade não precisa ser postada, apenas vivida. Onde o descanso não é culpa, é cuidado. Onde o silêncio não é vazio, é presença.
Nem tudo precisa ser mostrado. Nem tudo precisa ser dito. Nem tudo precisa ser vitrine. Muito do que somos floresce no invisível e isso não nos faz menos, mas nos faz inteiras.
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Deixe-se em Paz!
Corre pra Dica | bem-estar em detalhes.
Elu Marin.
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